"Por que que a gente é assim?"

Ai, ai vivemos nós um momento paralítico, isso mesmo paralítico! Primeiro a universidade, depois o transporte público e mais recentemente os professores estaduais. Antes era totalmente contra greves porque como quase todo mundo sempre penso que sou muito mais prejudicada com a greve do que sem ela, mas de uns tempos pra cá comecei a pensar em como sofrer ou não com a greve é apenas uma questão de perspectiva. Como assim? simples, no caso das greves na educação é bem mais fácil compreender como esse pensamento funciona, se os professores entram em greve, ficamos sem aula e não temos aquela sensação de que, pelo simples fato de estarmos na sala de aula, estamos aprendendo alguma coisa. Será que na situação em que se encontram os professores em termos de preparo e salário temos condições de aprender alguma coisa? acho sinceramente que não. Mas pelo simples fato de não ter que ficar em casa sem fazer nada ou ficar com aquela paranóia de que vou perder tudo na vida se perder alguns dias de aula, muitas pessoas acham que não estão perdendo. O que há , é um encurralamento da população sempre que ocorrem esses movimentos, somos prejudicados de todas as formas, mas você deve estar se coçando pra me perguntar " O que eu devo fazer?" digo, esse é o seu primeiro erro, se você olhar bem à sua volta vai ver que quem está de greve, está paralisado por que está fazendo algo pra chamar atenção à suas insatisfações e que isso é algo quer nós, seres humanos, fazemos desde que nascemos, desenvolvemos sempre formas de chamar atenção quando estamos insatisfeitos com algo ou com alguém. A diferença para as greves é que elas são vistas como uma manifestação de pessoas preguiçosas. Por acaso nós alunos e usuários de transporte coletivo estamos sendo prejudicados somente agora com as greves? Não, somos prejudicados todos os dias quando os ônibus atrasam, quando não há linha disponível onde moramos, quando o ônibus quebra por falta de manutenção, quando assistimos à aulas que não foram preparadas, ministradas por professores que não tem muita idéia do que estão falando, quando assistimos aulas em ambiente sem condições, quando não temos livros para pesquisar. A diferença é que nós simplesmente nos conformamos em reclamar pra quem está no banco do lado ou na carteira do lado, cadê a nossa voz quando nós mais precisamos? Onde está nosso poder, nossa força? É muito fácil se colocar na posição de vítima e achar sempre que a culpa é de quem tenta reivindicar melhorias pra sua vida. Eu particularmente só tenho um sentimento pelos grevistas: INVEJA de toda a articulação e força que têm de mobilização, toda a prática que tem em incomodar e fazer com que todos dêem atenção à suas reclamações. Chega sim , mas é de apatia!

E eu com isso?

" Tentamos ter o dom da ubiqüidade através da alteridade, pois a ilusão da onipresença é construída pelas informações produzidas pelo outro." ( Teoria do Jornalismo- Felipe Pena)

Passeando pela blogosfera hoje, encontrei um post bem interessante sobre o assunto do momento, Ronaldo e os travestis, não que eu ache que isso é realmente importante e isso é justamente o que eu queria discutir, A relevância do fato de ele ter sido supostamente vítima de extorsão por parte dos travestis. Isso aparecer no Fantástico, tudo bem, é uma revista eletrônica não trata necessariamente do interesse público, mas daí a aparecer no JN já é um pouco demais! Não que as pessoas não queiram saber disso, mas no que isso afeta a vida dos brasileiros? Vai fazer a maioria rir por três dias e nada mais, se serviu de alguma coisa foi pra fazer os travestis aparecerem em horário nobre fazendo sua "propaganda" de graça!
Nos áureos tempos, quando os artistas eram considerados deuses, isso no mínimo traria um grupo de pessoas defendendo Ronaldo ou simplesmente esquecendo o assunto, mas hoje em dia tem muita gente achando pouco, achando que devia mesmo era perder tudo o que tem pra ver se aprende... Bem o que as pessoas tem de pensar é que mesmo sendo uma celebridade , ele é antes de tudo humano, faz coisas erradas e parece que como os outros companheiros de profissão nunca aprende com os exemplos do outros, e se prejudica sozinho.
Não foi apenas um momento ruim dele, mas também não foi o fim do mundo...

Coisa de adolescente hein?!

"Uma pesquisa realizada pela UnB (Universidade de Brasília) e pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) revelou que a maioria das brasileiras que aborta é católica --de 51% a 82% do total de 3,7 milhões. A maioria delas tem entre 20 e 29 anos e já são mães." (Folha de São Paulo)
Pra quem pensava que a maioria dos abortos são praticados por adolescentes, aí está! A pesquisa ainda revelou que as mulheres que abortam hoje, usam de métodos menos invasivos *para elas é claro* como chás e remédios e em sua maioria alegam abortar por pressões do companheiro *que companheirismo...*
O fato é que tudo não passa de uma falha no planejamento familiar, e quem paga o pato são as crianças... Não vou aqui ficar discutindo razões para que esses abortos aconteçam, porque ninguém sabe o que essas pessoas passam mas elas deviam pelo menos pensar antes de agir antes ou depois.