Nada será como antes...

Pena que tudo que é bom dura pouco! A minissérie Queridos Amigos vai deixar saudades a todos que se sentiram abraçados pelo bom texto, pelos ótimos atores e pelo grande revival da história do Brasil. Vi a minissérie como um retrato mais colorido e mais cotidiano da época pós ditadura e pré queda do muro de Berlim, tudo que tinha visto sobre o período havia sido mais tenebroso, que emocionante ou profundo, o enredo até pareceu meio piegas no início mas se tornou apenas um pretexto para contar a história das pessoas paralelamente aos fatos importantes que aconteciam e eram relembrados nessa história. Hoje percebi o quão são importantes e louváveis as iniciativas de tentar fazer crescer no público brasileiro um sentimento tão simples porém tão importante como o patriotismo, o sentimento de brasilidade, senti isso num momento da minissérie em que a personagem Lúcia compara o túmulo de sua família com o país. A minissérie me mostrou uma grande lição de vida e de cuidado com o próximo, de aceitação e de luta. Hoje ainda pude ver na minha aula de fotografia algo bem parecido, que sempre ligo à propaganda da justiça eleitoral sobre voto, em que dizem que os heróis são de carne e osso, lemos uma reportagem sobre o projeto do fotógrafo Evandro Teixeira e sobre o processo de elaboração do seu livro 68 destinos: A passeata dos cem mil, que mostra como vivem algumas das pessoas que participaram da passeata hoje. Me despeço da minissérie com boas lembranças e boas emoções.